Traição
Surdos estão os radares
Tudo a pirataria
Destes dias toma
Roubos e amores
Iguais são
De surdos parafusos
Os soltos captadores
De torrões de açúcar
Acordes
Salgados os personagens
Dos ciclos de horas
De nossas vidas
Tardes, anoitecer e manhãs
Tão convencidos
Pelas fichas e vistas
“Leituras” e leituras
Mal sabem que nem todas
As orbitas estranhas
Daqui estão longe
Convencem-se por traços
E mal traçados versos.
De belos epiciclos
O olhar encantado
Que ainda ousa medir-se
Atenta ao diferente
De amores e roubos
Perfeitamente iguais.
Pedro A. R. Furtado, 19/06/10.
domingo, 20 de junho de 2010
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Soís, Torrões de açúcar, Loucos e outros.
Estávamos lá,
Só observando,
Como aquelas gigantes esferas,
Rodavam em espiral,,
Eram como galáxias em uma batedeira,
Como um bolo de mundos,
Como torrões de açúcar coloridos,
Alguns de nós sobre o balcão
Perguntavam quem serão os convidados
Quando a festa chegar.
Outros deliravam com a imensidão
Tão grande era aquela massa
O que aconteceria depois?
Decompúnhamos soís e estrelas,
Torrões de açúcar,
Em fichas, escalas e cafezinhos,
Por mera defesa alguém
Ligou o rádio em uma canção
Desconhecida
Os mais fanáticos
Ouviam códigos
Os crentes hinos
Os céticos prendiam-se a cálculos
A massa batia, rodava, mudava
Até que momento?
Em delírio cada um fazia a composição
E a decomposição de sua vida
Estávamos lá,
Torrões de açúcar,
Soís,
Esferas,
Loucos,
Crentes,
Céticos,
Eu sonhador,
Ousava tentar descrever
No movimento que se fazia,
Decompunha a carniça
De um poema.
Pedro A.R. Furtado, 04/05/10.
Pó
Confesso tenho virado pó
Caio diariamente
No poço do lugar onde moro
Só esperava me alucinar
Porem tenho idéias de pó
Sentidos de pó
Vontades de pó
Ao vento queria me largar
Pelas ruas se espalhar
Mas no poço úmido
Sinto-me o nojo d’água
Quem rouba sua
Virtude cristalina
Sou apenas pó vago por
Todos os horizontes
Mas obra nenhuma concretizo,
Sou pó que foge ao concreto
A purpurina que escapa aos carnavais
A sujeira que não ousa ocupar móvel algum
A erva intragável
Mas por fim a terra inocente
Que foge a avalanche.
Pedro A.R. Furtado, 18/02/10.
Sussurro
Pode até mesmo ser grande
A brisa que move um pontinho
Na imensidão
Mas o pontinho a nós enorme
Pouco é por mais mel
Que nas colméias pareça haver
A grande colméia não está ancorada
E ancora não pode se
Mas se consola isso é belo!
Dos porta copos dos consoles
Aos sois do universo, nada está
Ancorado perante a força do tempo
Nada se não o bastão que se prende
A sua obrigação cruel,
E fica a sussurrar,
Pois tudo é sussurro,
É só ele sabe!
Pedro A. R. Furtado, 01/03/10.
Só observando,
Como aquelas gigantes esferas,
Rodavam em espiral,,
Eram como galáxias em uma batedeira,
Como um bolo de mundos,
Como torrões de açúcar coloridos,
Alguns de nós sobre o balcão
Perguntavam quem serão os convidados
Quando a festa chegar.
Outros deliravam com a imensidão
Tão grande era aquela massa
O que aconteceria depois?
Decompúnhamos soís e estrelas,
Torrões de açúcar,
Em fichas, escalas e cafezinhos,
Por mera defesa alguém
Ligou o rádio em uma canção
Desconhecida
Os mais fanáticos
Ouviam códigos
Os crentes hinos
Os céticos prendiam-se a cálculos
A massa batia, rodava, mudava
Até que momento?
Em delírio cada um fazia a composição
E a decomposição de sua vida
Estávamos lá,
Torrões de açúcar,
Soís,
Esferas,
Loucos,
Crentes,
Céticos,
Eu sonhador,
Ousava tentar descrever
No movimento que se fazia,
Decompunha a carniça
De um poema.
Pedro A.R. Furtado, 04/05/10.
Pó
Confesso tenho virado pó
Caio diariamente
No poço do lugar onde moro
Só esperava me alucinar
Porem tenho idéias de pó
Sentidos de pó
Vontades de pó
Ao vento queria me largar
Pelas ruas se espalhar
Mas no poço úmido
Sinto-me o nojo d’água
Quem rouba sua
Virtude cristalina
Sou apenas pó vago por
Todos os horizontes
Mas obra nenhuma concretizo,
Sou pó que foge ao concreto
A purpurina que escapa aos carnavais
A sujeira que não ousa ocupar móvel algum
A erva intragável
Mas por fim a terra inocente
Que foge a avalanche.
Pedro A.R. Furtado, 18/02/10.
Sussurro
Pode até mesmo ser grande
A brisa que move um pontinho
Na imensidão
Mas o pontinho a nós enorme
Pouco é por mais mel
Que nas colméias pareça haver
A grande colméia não está ancorada
E ancora não pode se
Mas se consola isso é belo!
Dos porta copos dos consoles
Aos sois do universo, nada está
Ancorado perante a força do tempo
Nada se não o bastão que se prende
A sua obrigação cruel,
E fica a sussurrar,
Pois tudo é sussurro,
É só ele sabe!
Pedro A. R. Furtado, 01/03/10.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Engrenagens
Queria fugir ao sol poente
Ou a lua dessas noites
Lá
Há também
Engrenagens que carrego
No peito
São sufocadas
Maquinas
Descontroladas
Peças enlatadas
Em cheios
Vazios
O manto que as cobre
Não têm cruzeiros
Só as nuvens
Desta lua coberta
Pela irregular margem
Do poema
Já amassado
Em seus traços
Amassados os traços
A luz da lua desejam
Roubar...
Eis o verdadeiro inútil
Amor...
Paixão.
Pedro A. R. Furtado, 30/05/10.
Ou a lua dessas noites
Lá
Há também
Engrenagens que carrego
No peito
São sufocadas
Maquinas
Descontroladas
Peças enlatadas
Em cheios
Vazios
O manto que as cobre
Não têm cruzeiros
Só as nuvens
Desta lua coberta
Pela irregular margem
Do poema
Já amassado
Em seus traços
Amassados os traços
A luz da lua desejam
Roubar...
Eis o verdadeiro inútil
Amor...
Paixão.
Pedro A. R. Furtado, 30/05/10.