sábado, 22 de maio de 2010

Alguns Versos

Olhe ao menos um instante

Com os olhos cegos

Ao horizonte

Perceba

Caminhe

O espiral corre ao centro

Em doces curvas

Que toma do espaço

Imagine

O percurso

Por ele sem tocar deslize

Tome pelos olhos as cores

Como bagagem

Leve ao vazio

Apenas brisa

Que ela seja lembradamente

E sutilmente

Doce

Para compor

Tal bagagem

Prenda por aqui os desgostos

Assim leve só versos

Encha os pulmões de poemas

Lembre-se

Desta vida dividida

Leve as margens

Aquilo que versa a vida

Os versos de sonhos meus

Os versos de sonhos seus

O que há de puro

E belo

Não leve os atos

Os fatos

Deixe os jornais

Esqueça os livros

Leve o que há de mais humilde

Versos de amor

Amores que em versos

Nascem e

Em versos morrem

São versos de margem

Paixão

A vida estão

Apenas como arte

Inútil

Necessário

Encha os pulmões

Lembre

Do horizonte

Imagine

O verso

Como ar.

3 comentários:

Unknown disse...

cara, excepcional este poema. voce vai ser minha inspiração para voltar a escrever poemas. sério mesmo. continue sem exitar.

Unknown disse...

nossa Pedro você escreve muito cara, adorei continue assim (:

Unknown disse...

Pedro Leminski!!!
Muito bom, muito bom mesmo!!!!!!
Que orgulho!!!!!!

Postar um comentário