sexta-feira, 27 de abril de 2012
Mapas do vazio
Tudo a frente está vazio
Tudo que preenche,
Nossos dedos tocando o sonho
Toda a física desse instante
Mostra a solidão,
Tudo parece tão vazio
Mas o sentimento não preenche?
É tudo tão igual,
Como foi em outras chuvas
A tecla soa o pingar
Que se repete
Se repete,
Se repete...
...
O sonho estar vazio
Em nossas mãos muda algo?
Tudo tão vazio
Como um mapa
Um mapa, um vazio para seguir
Nada é solido
Mas tudo é forte demais
Fumaça solene
Tudo a frente
E aqui está vazio.
Pedro A.R. Furtado.
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Cores do invisível
Que seja azul,
Que seja negro,
Escuro da noite,
Mas seja o invisível
Que sempre está.
Nada, nada o desenha
Talvez o céu
Como se dedilha o ar,
Na poesia da alegria
Na poesia da tristeza
Atravessamos o invisível
De um sentimento
Que não tem forma
É como tempo
Que grita em voz inexistente
Dedilhar invisível da vida,
Azul manchado sim!
Talvez azul
Ou escuro como a noite iluminada,
Mas invisível.